A Poética de Carmen Mendez

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NATURALMENTE ALGUMAS ESPÉCIES SURGEM JUNTAS, IDÊNTICAS, INDIVIDUAIS E PODEM TER DESTINOS DIFERENTES.....OU NÃO!...

Tua

Quero beber teu sorriso
E de porre te receber
Quero cheirar teu perfume
E borboletas virar prá te colorir
Talvez os teus olhos se filtrem
E nos meus possas saber
Que sou cais onde ancoras
Sem ter hora prá partir
Posso ser mar se quiseres
Branco ou até nevoento
Posso ser fogo na alma
Que em brasa e em tormento
Adormece o corpo
E acende o amor
Sou um rio
Límpido mas, caudaloso
As veias do meu corpo
São vales por demais perigosos
Que olhos profundos
De límpidas águas
E de infinito fundo verde
Que me desperta
A sensação de mistério
Levando-me a este imenso
Vale sombrio
As vezes triste, as vezes tão cheio de luz
Quero que me ilumines
Com essa luz escura
Dos teus olhos, e vivas
Como lago no meu solo...

Poesia publicada no Livro A Nova Poesia Brasileira, volume VII, Shogun Arte, Rio de Janeiro/RJ

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

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