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domingo, 18 de dezembro de 2011


AMANHECER



Um dia como outro qualquer

Sem magia, sem surpresas...

Sim. Há um toque de mistério

Nessa hora tão gloriosa e enfatizante

Quando as folhas dos coqueirais parecem

Estar a espera do primeiro raio de sol...

Os pássaros saltitam sobre as telhas

Em homenagem a mais um dia,

O vento permanece sonolento

Em algum canto encolhido...

...e o silêncio faz pausa para o mar

Que cantarola saudando o amanhecer...

Sai a primeira jangada valsando com as ondas

A procura de vida...

E, então ele brilha... miraculoso, resplandecente

As folhas saúdam em compasso com o vento

Que desperto estica-se sobre o espaço

Como um tapete para os raios que lentamente

Deslizam sobre as nuvens...

Os motores começam a roncar...

As buzinas começam a tocar...

As pessoas começam a gritar...

Os olhos se firmam sobre os pulsos

Marcadores de tempo...

É mais um dia de labuta...

...um dia como outro qualquer...





2 comentários:

Beth De Leo disse...

Del, amiga poetisa que traduz com belas palavras seu olhar sempre inquietante e sensível.Linda poesia!

Carmen Mendez disse...

Obrigada minha querida amiga....você é suspeita para falar, mas sabemos que temos a necessidade da fala e no mínimo da escrita...ou seja...dependemos das palavras, da comunicação. Bjs...te amoo