O Circo Picolino
localizada no bairro de Pituaçu, Salvador – Bahia é para a capital baiana uma
opção de lazer que busca difundir e democratizar o acesso das pessoas às artes
circenses, além de ter incorporado a missão de educar através da
ARTE-CIRCO-EDUCAÇÃO.
A escola de artes do
circo é uma organização não governamental que realiza investimentos na produção
cultural, já bem reconhecidos socialmente, como a formação de artistas de
circo, o desenvolvimento da linguagem circense contemporânea, a promoção de
encontros de artistas e escolas de circo e a realização de espetáculos que são
apresentados na cidade e em diversos lugares do estado da Bahia, do Brasil e no
exterior.
O principal trabalho da
escola Picolino tem sido na área sócio-educativa. Os alunos têm aulas de circo
e a eles são proporcionados diversos espaços de aprendizagens, como as que são
propostas nas atividades complementares (oficinas de jogos e brincadeiras, de
leitura e escrita entre tantas outras), dando ênfase a alfabetização e
letramento. Esse suporte ao desenvolvimento da educação básica impulsiona o
avanço no processo de escolarização e abre possibilidades de profissionalização
através da formação de artistas, de instrutores de circo e na produção
cultural.
Durante o ano são
atendidas centenas de crianças, adolescentes e jovens, prioritariamente os que
se encontram em desvantagem social, vindas em sua maior parte, das camadas
sociais populares de Salvador e Região Metropolitana. O aluno leva essa
vivência a outros espaços de aprendizagem/convivência como: escola, família,
grupos de amigos. A arte é o principal instrumento pedagógico para
ensino/aprendizagem.
“À medida que o projeto
foi se expandindo, o contato com os alunos revelou demandas que nos provocaram,
e nos provocam sempre, a construir novas práticas artístico-educacionais”,
afirma Márcia Ogava, Assistente de Produção.
Histórico: A Escola Picolino foi
fundada por Anselmo Serrat em 1985 e funcionou até 1987 no bairro de Ondina no
Circo troca de Segredos, até o então prefeito derrubar o local e deixar a
Escola Picolino sem local para funcionar.
Após esse ano a Escola funcionou
por dois anos no porão da Biblioteca Pública do estado, nos Barris, quando em
1989 foi convidada a participar de um Festival de Circo na França, mas quando
retornaram, haviam sido despejados.
Funcionou durante alguns meses num
vagão de trem no Rio Vermelho. No final de 1989 a Escola montou sua lona no
espaço abandonado do Aeroclube e ali permaneceu até 1996, quando o local foi
negociado com o Grupo Iguatemi para a construção do Parque Atlântico.
“O atual endereço do Circo Picolino
em Pituaçu, entre as águas salgadas do Oceano Atlântico e as águas doces da
Lagoa de Pituaçu, a escola cresceu e virou Associação Picolino de Artes do
Circo, uma organização com títulos de Utilidade Pública Municipal e Estadual.
Neste local a Picolino dobrou sua capacidade de atendimento e expandiu seu
trabalho. Neste endereço o funcionamento da Escola foi legalizado pelo então
prefeito Antonio Imbassahy, que nos concedeu alvará de funcionamento”, informa
Márcia.
“Em 2012, faz exatos 16 anos que
nos mudamos para Pituaçu. A primeira escola de circo do norte-nordeste, a
Picolino agora busca o direito definitivo de terreno, que está em litígio na
Prefeitura”, afirma Márcia Ogava.
A Associação é formada
por um grupo de pais de alunos e ex-alunos da Picolino, amigos e simpatizantes
da proposta artística, sócio educativo. A sustentabilidade da Escola se dá
através do trabalho artístico, convênios para realização de trabalhos
educacionais e de patrocínios, tanto artísticos como educacionais. A equipe é
formada por 10 instrutores e 10 voluntários.
Curiosidade: Em 22/10/2007, a
escola Picolino recebe Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República na
classe de Cavaleiro (art.84, inciso XXI da Constituição)
Em 27/05/2012, a Cia. Picolino
participa de “workshop” com artistas de Varekai (Cirque Du Soleil).
Vencedor do edital
Petrobrás Cultural 2010, com o “Projeto
GueReiro – Picolino” que foi implantado em abril de 2011, já realizou cinco
espetáculos de variedades no Circo Picolino, para público estimado de cinco mil
pessoas. Em 2012, será realizada a nova temporada, com 22 espetáculos em
Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, para público estimado de 22 mil pessoas.
Este espetáculo faz
homenagem a Glauber Rocha e reúne no picadeiro o tradicional e o contemporâneo,
a cultura popular e o cinema, o circo, a dança, a música e o teatro.
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